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Desenvolvimento urbano e a mobilidade

O crescimento do caos urbano, o aumento da motorização e o declínio do transporte público estão prejudicando a sustentabilidade das viagens urbanas. Tal situação prejudica também a qualidade de vida e a eficiência econômica das grandes cidades.

Nas últimas décadas, a população das áreas urbanas aumentou significantemente. Segundo dados liberados em 2010 pelo IBGE, cerca de 80% da população brasileira vive em áreas urbanas. Portanto, é inegável a urgência de um planejamento urbano e de políticas públicas relacionadas à mobilidade que garantam uma melhor qualidade de vida às pessoas.

Conforme Henri Lefebvre, a cidade é o resultado do processo em que a população, enquadrada em um contexto de urbanização, vida social e crescimento econômico, concentrou-se em volta dos locais em que poderiam exercer seu trabalho, gerando maior desenvolvimento urbano.

Além disso, considerando que o planejamento urbano não acompanha a crescente ocupação urbana, a demanda por veículos automotores também está aumentando, o que causa graves impactos na cidade.

Com base nisso, é necessário realizar ações governamentais eficazes para atender essa demanda, não apenas por meio da transformação ou implantação de infraestrutura, mas também pela melhoria e inovação da qualidade de vida urbana. Isso pode ser alcançado principalmente por um gerenciamento governamental eficaz.

Na ausência de políticas públicas eficazes, devido ao aumento da frota e da circulação de veículos, o crescimento econômico ideal significará maior congestionamento. O IPEA realizou uma pesquisa que mostra que, em apenas dez capitais brasileiras, 240 milhões de horas são perdidas em congestionamentos anualmente. Assim, estima-se que as emissões de monóxido de carbono do tráfego urbano excedam 123 000 toneladas por ano.

Ao mesmo tempo, a população de baixa renda é privada de oportunidades do transporte público devido à baixa capacidade de pagamento e à oferta precária das áreas circunvizinhas. Essa privação causa problemas no deslocamento, dificuldade na obtenção de equipamentos e serviços básicos e oportunidades de trabalho. Ou seja, as condições de trânsito nas grandes cidades também estão se tornando um entrave à inclusão social. Portanto, o desafio do crescimento sustentável envolve políticas de transporte e viagens integradas ao desenvolvimento urbano. Ou seja, as condições de trânsito nas grandes cidades também estão se tornando um entrave à inclusão social.

Em relação ao transporte público, o atual modelo de prestação de serviços não atende mais às necessidades das pessoas. É necessário estabelecer uma visão de longo prazo para incorporar todas as complementaridades do sistema de transporte urbano e promover a sustentabilidade do transporte urbano. Um marco regulatório claro e estável deve ser definido para expandir o investimento e garantir o acesso universal ao transporte público.


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